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20 de Janeiro de 1973, um dia histórico para Cabo Verde, um dia para recordar a luta de Cabral, pela liberdade do nosso País. 

O dia dos heróis nacionais assinalado no dia do aniversário da morte de Cabral, é também comemorado em memória de todos aqueles que lutaram, e deram as suas vidas pela independência de Cabo Verde.

Amílcar Cabral é sem dúvida a figura maior na luta pela liberdade do povo caboverdiano.

Cabral amava Cabo Verde e África. Orgulhava-se em ser "Homem Africano" e dizia:

Alguns esquecendo ou ignorando como os Cabo-verdianos foram formados, pensam que Cabo Verde não é África por causa dos seus muitos mestiços. Não sabem que, por exemplo, na África do Sul, existem mais mestiço do que Cabo Verde, Angola, e Moçambique juntos… mesmo que Cabo Verde possuísse uma maioria da população branca não deixaria de ser Africanos.”

Amílcar Cabral nasceu na Guiné Bissau em 1924, e mudou-se para Cabo Verde ainda muito jovem. Estudou no Mindelo, S. Vicente. Viajou para Portugal nos anos 40 para fazer um curso, regressou para Bissau e com outros companheiros fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde - PAIGC. Cabral viria a ser brutalmente assassinado em Conacri por dois membros do seu partido a 20 de Janeiro de 1973.

 

 
 

 

Cabral já dizia: " Se alguém me há de fazer mal, é quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC, só nós próprios. "

Dois anos depois a sua morte, em 1975 Cabo Verde viria a ser independente, graças a luta e o esforço de Cabral.

Poemas de Amílcar Cabral

REGRESSO

 

Mamãe Velha, venha ouvir comigo

O bater da chuva lá no seu portão.

É um bater de amigo

Que vibra dentro do meu coração

 

A chuva amiga, Mamãe Velha, a chuva,

Que há tanto tempo não batia assim...

Ouvi dizer que a Cidade-Velha

– a ilha toda –

Em poucos dias já virou jardim...

 

Dizem que o campo se cobriu de verde

Da cor mais bela porque é a cor da esp’rança

Que a terra, agora, é mesmo Cabo Verde.

– É a tempestade que virou bonança...

 

Venha comigo, Mamãe Velha, venha

Recobre a força e chegue-se ao portão

A chuva amiga já falou mantenha

E bate dentro do meu coração!

 

ILHA

Tu vives — mãe adormecida —

nua e esquecida,

seca,

fustigada pelos ventos,

ao som de músicas sem música

das águas que nos prendem…

 

Ilha:

teus montes e teus vales

não sentiram passar os tempos

e ficaram no mundo dos teus sonhos

—    os sonhos dos teus filhos   —

a clamar aos ventos que passam,

e às aves que voam, livres,

as tuas ânsias!

 

Ilha:

colina sem fim de terra vermelha

—    terra dura   —

rochas escarpadas tapando os horizontes,

mas aos quatro ventos prendendo as nossas ânsias!

 

 

“As crianças são as flores da nossa revolução” Amílcar Cabral.

 

 

Cabral ca morri, Cabral e liberdadi”, pois Cabral continua vivo na história de Cabo Verde. Cabral trouxe-nos a liberdade, a alegria, o orgulho em ser caboverdiano africano.
Cabral é a nossa história, o nosso passado, mas Cabral irá sempre estar no nosso presente e fazer parte do nosso futuro.

 

 

Cabral o nosso ORGULHO

Cabral o nosso herói,... O herói do Povo.

 

Fonte: GB Contributo 

1 comentário

De Filomeno Tomás Rodrigues Monteiro a 15.01.2020 às 19:27

Muito bom !Amilcar Cabral fez história

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